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A Ascensão de Roma

 

Prof. Cleber Roberto Silva de Carvalho

Licenciatura plena em História - UPE

Especialização em História do Brasil - Faculdade Montenegro

 

Os romanos eram uma da muitas tribos que habitavam a península itálica, que tinha os etruscos como povo dominante da região. Sob influência dos gregos, que tinham colônias no sul da Itália, os romanos passaram a lutar no mesmo estilo grego, com falanges, formadas por hoplitas, protegidos por couraças, armados de escudo e lança. Com aquela nova formação militar, começaram a ameaçar o poderoso inimigo etrusco.

Por décadas as cidades da Etrúria tentavam resistir ao avanço dos romanos, como Veios e Tarquinia, mas não conseguiam fazer frente ao inimigo. O século IV a.C. foi marcado por uma importante vitória romana no Cerco contra Veios, datada de 396 a.C., que era um dos seus principais inimigos e marcou a supremacia romana diante dos etruscos. Este mesmo século foi marcado pela derrota dos romanos para os gauleses na Batalha do Ália, e consequentemente no saque de Roma.

Esta derrota para os gauleses marcou uma profunda mudança militar dos romanos. No decorrer do século IV a.C. uma série de reformas militares transformaram a falange romana em um exército mais flexível no campo de batalha.

O exército romano recrutava os seus soldados de acordo com o status social e idade, tendo em vista que os soldados-cidadãos deveriam providencia seu próprio equipamento. Os homens das classes mais abastardas, que podiam arcar com couraças metálicas e cavalos, faziam parte da cavalaria, enquanto os mais desfavorecidos faziam parte da vanguarda, com suas armas leves e sem muita proteção contra os golpes inimigos. Nas forças intermediarias haviam a infantaria pesada, formada por homens que podiam arcar com equipamentos melhores, como couraças de metal. Dois magistrados eleitos anualmente, os cônsules, dividiam o comando do exército. Mesmo com um arranjo tão básico, os romanos conseguiam dominar os inimigos, muito se deve as táticas e aos novos equipamentos, a pesada lança hoplita foi substituída por lanças de arremesso e os homens se armavam, também, com espadas para combates corpo-a-corpo. As forças romanas passaram a ser organizadas em legiões, com até cinco mil homens, que eram divididos em manípulos de 120 homens. Estes legionários tinham intenso treinamento para lutar como uma força compacta e para completar as forças romanas haviam as tropas auxiliares, formadas pelos aliados de Roma.

Mapa da região etrusca

Conseguindo sobrepujar os etruscos, Roma tinha outro inimigo a frente. Os Samnitas, e a guerra contra este inimigo marcaria a transformação da cidade-estado em grande potência na península itálica. Na sua campanha contra os samnitas, os romanos nem sempre obtinham a vitória. Na Batalha de Forcas Caudinas, uma força romana foi emboscada em um desfiladeiro e diante do ataque de projéteis, que eram arremessados do topo do penhasco, os romanos foram obrigados a se render e aceitar os humilhantes termos de paz, que foram recusados a ser cumpridos após a soltura dos legionários.

Uma das mais importantes batalhas da Guerra Samnita foi a Batalha de Sentino, vencida por Roma, que dispunha de 38 mil homens, e enfrentou uma aliança entre samnitas e gauleses, com 60 mil homens. Nesta batalha, vencida graças a determinação da infantaria romana, que compensou a derrota de sua cavalaria pelos carros de combate inimigos, impôs mais de 25 mil mortes na força inimiga, pelo lado romano pouco mais de oito mil legionários morreram na batalha.

A vitória romana na Batalha de Aquilônia, onde os romanos enfrentaram uma força improvisada pelos samnitas, marcou o fim da resistência samnita na região e na pacificação das tribos nos Montes Apeninos.
Com a vitória nas Guerras Samnitas, os romanos se voltaram para o sul da Itália, contra as colônias gregas, no que é chamada de Guerras Pírricas, que teve este nome devido à intervenção do governante de Épiro, o rei Pirro. Após o ataque romano a cidade de Tarentum, a mesma pediu ajuda do rei Pirro, que chegou a Itália com um exército típico da época pós-Alexandre, com infantaria composta de lanceiros, com auxílio de cavalaria leve e pesada, com apoio de grande formação de arqueiros e vinte elefantes de batalha.
As forças gregas obtiveram vitória contra os romanos nas batalhas de Heracleia e Ásculo, mas elevado número de perdas teria levado o rei Pirro a dizer “Mais uma vitória como esta e estou perdido”. Após a Batalha de Benevento, onde teve um final inconclusivo, o rei Pirro retornou a Épiro, permitindo o domínio completo do sul da Itália. Roma se tornara uma potência na península itálica.

Mapa animado da expansão romana.