Pablo Michel Magalhães Mestre em História - UEFS Especialista em Docência da Filosofia - UCAM
Muitas vezes, ignoramos as identidades por trás das imagens de campos de concentração nazistas na 2a Guerra Mundial.
Cada indivíduo castigado pelos anos de confinamento e exploração de mão de obra, cada corpo cadavérico exposto nas fotografias em preto e branco possui uma história, um nome, uma identidade.
Sabemos hoje que os campos nazistas possuíam duas finalidades: a concentração, com a exploração dos presos através de trabalhos compulsórios os mais variados possíveis; e o extermínio, onde os indivíduos eram selecionados e encaminhados às câmaras de gás e os cadáveres levados ao crematórios. É de dar nó no estômago: eles utilizavam cabelos, dentes e mesmo gordura desses indivíduos para fabricação de objetos de uso diário (como sabão).
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O sobrevivente do Holocausto Leon Green z’l foi libertado do campo de concentração de Ebensee em 6 de maio de 1945. Nascido na Polônia em 1920, Leon e sua família se mudaram para a Alemanha quando ele tinha dois anos. Durante a Segunda Guerra Mundial, a família foi recolhida e enviada para Cracóvia antes de ser deportada para Płaszów. De lá, Leon foi enviado para St. Valentin, Mauthausen e Ebensee, na Áustria, onde foi espancado, passou fome e foi forçado a realizar trabalhos forçados.
A frase “O trabalho liberta” (“Arbeit macht frei”, em alemão) ficou conhecida por estampar as entradas de diversos campos de concentração do regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Em Auschwitz, por exemplo, a inscrição foi feita no portão por prisioneiros com habilidades metalúrgicas.
Assim como Leon Gritz, diversos judeus poloneses conviveram com a imposição ideológica dessa frase sobre seu cotidiano, na esperança que, de fato, aquele trabalho os libertasse de alguma forma.
A realidade, contudo, foi bem diferente. Encarcerando minorias como judeus, ciganos, homossexuais, e mesmo deficientes físicos e mentais, os nazistas elaboraram uma burocracia funcional para a morte, com base nos pseudo estudos da pseudo medicina eugenista. Deste modo, introduziram a “solução final”, a contribuição nazista para o pensamento fascista no século XX.
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Leon é mostrado aqui segurando uma fotografia sua e de outros sobreviventes depois de ser libertado pela 80ª Divisão de Infantaria do Exército norte-americano.