Essencial para os seres vivos, a água é ao mesmo
tempo responsável pela disseminação de muitas doenças entre os homens, algumas
até fatais. Cientes desse paradoxo, os habitantes do Egito desenvolveram os
princípios básicos que foram usados durante os séculos por vários povos para
deixa a água pura. O principal deles era a fervura, ainda hoje um jeito seguro
de garantir a potabilidade da água. Os líderes recomendavam que o líquido fosse
fervido sobre o fogo, esquentado sob o sol ou aquecido com um pedaço de ferro em
brasa mergulhado dentro do recipiente com água. Métodos semelhantes estão
relatados em manuscritos sânscritos que datam de cerca de 4 mil anos atrás.
Em Roma, no século I a.C., o arquiteto Marcus
Vitruvius Pollio, autor do livro De Architectura, levantou questões sobre
a distribuição dela. Se a bebida era vital para os homens, pensou, era preciso
levá-la limpa até as casas e as fontes públicas, onde os mais pobres se
abasteciam com baldes. Vitruvius, então, se preocupou com a qualidade dos canos.
Para ele, o ideal era que fossem feitos com cerâmica, em vez de chumbo, para
diminuir o risco de a água ser contaminada por metais pesados.