11/11/2012
O budismo surgiu na Índia
por volta do século 4 a.C e se espalhou pelo oriente,
sendo muito difundido na China, no Japão e no Tibete
(que hoje pertence à China).
A religião
têm como base os ensinamentos de Buda (do sânscrito, o
Iluminado), nome dado ao príncipe indiano Siddhartha
Gautama após ter atingido o estado chamado de
iluminação.
Para
chegar a esse estágio, Siddhartha teve visões que o
motivaram a abandonar a família e a fortuna para buscar
a verdadeira paz. A essência de seus ensinamentos
encontra-se nas quatro nobres verdades: o sofrimento
existe, tem suas causas, é possível eliminá-las e qual o
caminho para isso. Vale lembrar que Buda não é
considerado um deus.
O budismo
foi introduzido no Brasil pelos imigrantes japoneses,
que chegaram em 1908. A partir de 1951, começaram a vir
missionários ao país e foram fundadas as primeiras
organizações. O principal chefe religioso do Budismo é
Dalai Lama, que já procura por um sucessor.
A vida
de Buda.
Buda nasceu na fronteira da Índia com o Nepal, e era um
príncipe. Seu nome verdadeiro era Siddhartha Gautama.
"Buda" foi uma espécie de título que ele adquiriu e
significa "O Iluminado".
Os
registros sobre a vida de Buda foram escritos muitos
anos depois de sua morte. Além disso, quem escreveu
foram seus seguidores, e não os historiadores. Assim, é
difícil separar os fatos reais dos mitos e lendas sobre
a vida desse mestre.
Dizem que o pai de Buda queria que ele fosse um
guerreiro, mas ele era mais inclinado à meditação.
Atendendo ao pai, ele casou-se cedo e experimentou
durante certo tempo a vida da corte. Mas aquilo o
aborrecia e, assim, acabou deixando sua casa para vagar
pelo mundo, em busca da iluminação.
Aos 29 anos, Buda encontrou um homem velho, um doente e
um cadáver. Ele percebeu que o sofrimento era o ponto
comum a todas as pessoas. Resolveu, então, viver como um
mendigo e abandonar a família, a riqueza e o poder para
se concertrar na busca da Verdade.
Um
dia, sentado sob uma árvore perto de Gaya, Buda recebeu
a Grande Iluminação e compreendeu como seria possível
livrar os homens do sofrimento. Logo depois, ele
proferiu seu primeiro sermão, em um lugar perto de
Bernares.
Acompanhado por seus cinco discípulos, Buda viajou pelo
vale do rio Ganges (o mais importante da Índia)
ensinando suas doutrinas, reunindo seguidores e criando
comunidades de monges que admitiam qualquer pessoa,
independente de sua casta (até então, a religião na
Índia separava as pessoas por classes sociais muitíssimo
rígidas). Retornou a sua cidade natal e converteu seu
pai, sua mulher e outros membros da família às suas
crenças. E, depois de 45 anos de atividade pelo bem das
pessoas, morreu em Kusinagara, no Nepal, depois de ter
comido carne de porco contaminada. Ele estava com cerca
de 80 anos.
Buda foi um homem de grande caráter, que tinha enorme
compaixão por todos os seres e uma visão que penetrava
na alma das pessoas. Ele criou uma nova religião, que
influencia a vida de milhões e milhões de pessoas em
todas as partes do mundo há 2.500 anos.
Os
ensinamentos, a filosofia e os princípios
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de
que o ser humano está condenado a reencarnar
infinitamente após a morte e passar sempre pelos
sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez
durante a vida será considerado na próxima vida e assim
sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao
enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode
atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar
ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em
animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta
vegetariana.
A
filosofia
é baseada em verdades: a existência está relacionada a
dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os
desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se
antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se
da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer:
compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação,
modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os
caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais
importante para atingir o estado de nirvana.
A filosofia budista também define cinco comportamentos
morais a seguir: não maltratar os seres vivos, pois
eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma
conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou
difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou
estimulantes. Seguindo estes preceitos básicos, o ser
humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de uma
vida seguinte.
Redação d'O Historiante
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