Desfazendo a notícia
Porque é Falso acreditar que Roma
perseguia os cristãos por sua fé
Eles foram perseguidos
por se recusarem a cultural o imperador e os deuses oficiais da
religião romana. Durante o primeiro século de nossa Era, os cristãos
eram tidos como membros de seitas dissidentes do judaísmo,
beneficiando-se, assim, de privilégios particulares outorgados aos
judeus por Júlio César e Augusto: dispensa do serviço militar, livre
prática de culto, isenção de obrigações incompatíveis com o
monoteísmo, em particular o ritual do culto imperial.
No início do século
II, a correspondência entre Plínio, o Jovem, governador da Bitínia,
e o imperador Trajano atestava que a partir de então o cristianismo
era considerado religião própria. Os romanos sempre foram tolerantes
com as religiões estrangeiras. Na verdade, praticavam sincretismo
religioso e sempre estavam dispostos a incorporar ao seu panteão
deuses egípcios, persas ou orientais. Os cristãos eram
marginalizados desse sincretismo, pois, devido a seu monoteísmo
intransigente, se recusavam a aceitar outros deuses.
O imperador Valeriano,
por meio de dois éditos – Em 257 e 258 -, ordenou ao clero cristão
que fizesse sacrifícios aos deuses do Império. Todos os casos contra
os cristãos eram conduzidos de seguindo as regras legais: audiência
pública em presença de juiz instrutor e redação de processo verbal.
A sentença sob pena de ser considerada inconsistente, devia ser
feita por escrito em placa com nome do acusado, delito e natureza da
condenação.
Após o assassinato de Valeriano, em
260, os cristãos não foram incomodados até o reinado de Diocleciano.
Os éditos de Diocleciano ordenaram a destruição das igrejas e
renovaram a obrigação de os fieis oferecerem sacrifícios ao
Imperador e aos deuses do Império. A Grande Perseguição durou até
311, e foi particularmente severa na Ásia Menor e Egito.
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