Para
o Islamismo, Cristo foi um grande profeta, menor que
Maomé.
Tão
grande quanto Moisés e Abraão, Cristo foi um profeta
importante segundo a tradição muçulmana, mas está longe
de ser filho de Deus.
A
tradição religiosa islâmica, nascida da tradição
judaico-cristã, está plena de histórias também
encontradas na Bíblia. Com alterações mínimas, o Corão
reconta o caso de Jonas engolido pela baleia, o da
salvação de Noé na Arca, e o Dia do Juízo Final,
superando mesmo a tradição cristã em suas visões de
terror e glória.
O
Islamismo reverenciava Cristo, que apenas secundava o
próprio Profeta, e retratou os fatos do Novo Testamento
em cenas como a desta pintura muçulmana do séculi XVI.
Embora esta versão do nascimento de Cristo seja
singularmente islâmica - situa-se num oásis do deserto e
não numa estrebaria de aldeia - os muçulmanos
acreditavam na natureza miraculosa do acontecimento.

A cena
mostra Maria fazendo o deserto florescer para seu filho
recém-nascido, o que conseguiu tocando uma tamareira
mirrada e fazendo com que seus ramos vergassem com
frutos e sua raiz jorrasse água. A santidade do menino
Jesus, segundo a tradição estilística da arte muçulmana,
é assinalada não por um halo de luz, mas sim por uma
auréola de chamas.
No
entanto, apesar de ter em tão alta conta a pessoa de
Jesus, os muçulmanos desconsideram a ideia de que tenha
sido este o filho de deus, uma vez que, na doutrina
islâmica, Allah é único, um pai sem filhos ou filhas.
Sendo assim, o mito de um Cristo vindo em salvação do
povo em nome do Pai seria algo fora da realidade.
(Texto
do Prof. Pablo Magalhães, da Redação d'O Historiante,
com informações da Biblioteca de História Universal LIFE,
edição Antigo Islã).
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