O mais célebre anfiteatro da Roma antiga está no centro
de uma batalha entre especialistas em conservação e um
milionário que financia as obras.
Séculos depois de abrigar as batalhas de
gladiadores, o Coliseu é palco de uma nova batalha. Um
polêmico plano de restauração estimado em US$ 33 milhões
está opondo membros da Associação de Restauradores da
Itália e o milionário Diego Della Valle, dono da marca
de luxo italiana Tod’s, que está patrocinando o projeto
em troca dos diretos de publicidade.
Desde o fim de 2011, quando foi relatado
que rochas em pó caíram do monumento durante as obras de
restauração, trabalhadores e técnicos da associação vêm
questionando a validade dessas ações. Em entrevista à
CNN, eles alegam que foram preteridos em favor de
profissionais não especializados, o que poderia causar
danos irreparáveis ao anfiteatro.
Apesar das críticas, o Conselho de Estado
da Itália deu parecer favorável às obras de restauro, e
Rossella Rea, diretora do Coliseu, afirma que os
empregados contratados são especializados em restauração
arquitetônica. Ela nega que tenha havido desmoronamento
e diz que caíram apenas alguns centímetros de tufo, um
tipo de rocha porosa, o que seria comum em operações do
gênero.