Fatos curiosos  
Você sabia que...

 

O Brasil já teve um herói de histórias em quadrinhos parecido com o Superman?

 

O Capitão 7 foi um grande sucesso da TV nos anos 1950 e 1960.

 

O seriado Capitão 7, exibido pela Tv Record de São Paulo (não por acaso, o canal 7), foi o primeiro no Brasil a trazer um super-herói como seu personagem principal. Idealizado pelo diretor Rubem Biáfora (1922 - 2003), o herói brasileiro foi inspirado livremente nos super-heróis norte americanos, como o Superman e Flash Gordon. Rapidamente, o grande sucesso na Tv preconizou o lançamento dos quadrinhos do Capitão 7. O sucesso comercial e de audiência fizeram do herói um dos personagens mais famosos de sua época.

O seriado durou até 1966, chegando a impressionantes 503 episódios. Precisamos levar em consideração também as dificuldades de produção de um seriado de super-herói, com efeitos e recursos paupérrimos. Em um dos episódios, por exemplo, o ator principal, Ayres Campos (diga-se de passagem, um dos maiores galãs do cinema brasileiro) teve de nadar pelo Rio Tietê, já poluído nessa época.

O gibi, que começou a ser distribuído a partir de 1959, trazia um Capitão 7 mais poderoso e com habilidades amplificadas ao extremo. Sem a ajuda de sua tradicional espaçonave, o herói passou a voar sozinho, além de apresentar uma forma descomunal. Sua identidade verdadeira era Carlos, um professor de química que, ainda pequeno, recebeu seus super-poderes de um alienígena, que o levou para seu planeta e o treinou.

Suas tramas e traços de desenho eram baseados amplamente nos gibis norte-americanos, principalmente nos quadrinhos elaborados por Wayne Boring (1905 - 1987), responsável pelos gibis do Superman.

Após 54 edições, o Capitão 7 foi cancelado, talvez pelo motivo de seu principal dono, Miguel Penteado, ser simpatizante do Partido Comunista. A recém instaurada Ditadura Militar sempre censurou seus quadrinhos principalmente por esse motivo. Ayres Campos, o intérprete do ator na Tv, ainda tentou, em 1983, manter viva a mística do Capitão 7, fundando uma fábrica de fantasias para o herói.

No entanto, Capitão 7 só voltaria às páginas impressas em 2010, com um resgate promovido ao herói, tão icônico em sua época.

Artigo da redação d'O Historiante, com informações da RHBN nº 72, 2011;

 
 
 
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